Nesse mês de novembro, o Grupo NASCI – Serviços de Segurança está empenhado em conscientizar o público masculino sobre a importância de ficar atento aos possíveis sintomas do câncer de próstata.
O que é o câncer de próstata?
É o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. É mais frequente entre os homens.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas. Porém, os mais comuns são:
• dificuldade de urinar;
• demora para começar e terminar de urinar;
• sangue na urina;
• diminuição do jato de urina;
• necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou noite.
Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
Esses mesmos sintomas também podem ser sinais de doenças benignas da próstata. Por isso, é importantíssima a realização de exames para o diagnóstico correto.
Diagnóstico
Achados no exame clínico (toque retal) combinados com o resultado da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue podem sugerir a existência da doença. Há uma grande controvérsia sobre a partir de qual idade deve-se recomendar os exames de rastreamento, mas esta decisão deve ser discutida com o seu médico. Em geral, este tipo de conversa deve se iniciar entre os 40-50, principalmente para quem tem parente próximo com o diagnóstico de câncer de próstata
A Ressonância Magnética multiparamétrica (RMmp) tem assumido papel de destaque como estratégia complementar de rastreamento de tumores prostáticos, sendo capaz de evitar biópsias desnecessárias nos pacientes que apresentam baixa probabilidade de tumor ao exame (reduzindo custos, riscos e a ansiedade do paciente). Já nos casos em que a RMmp identifica lesões suspeitas, idealmente deve-se proceder à biópsia prostática com fusão de imagem, com resultados consideravelmente melhores que a biópsia padrão no diagnóstico de tumores mais agressivos. Biópsia com fusão de imagem é um método no qual as imagens da RMmp são sobrepostas as imagens da ultrassonografia durante a biópsia de forma a localizar as áreas suspeitas para tumor.
O diagnóstico de certeza do câncer é feito pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da próstata. O relatório anatomopatológico deve fornecer a graduação histológica do sistema de Gleason ou o método mais novo, ISUP, cujo objetivo é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua tendência à disseminação, além de ajudar na determinação do melhor tratamento para o paciente.
Tratamento
Para doença localizada, cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento inicial é a terapia hormonal. Novos agentes hormonais e novas quimioterapias foram desenvolvidas nos últimos anos, assim como agentes modificadores de metástases ósseas
A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após discutir os riscos e benefícios do tratamento com o seu médico.
Prevenção
Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
A idade é um fator de risco importante para o câncer de próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumenta significativamente após os 50 anos.
Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença de 3 a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.
Por ano são diagnosticados 68 mil novos casos de câncer de próstata o equivalente a um estádio de futebol lotado.
Não seja mais um número desta estatística. Homem que é homem se cuida.
Cuide-se! Previna-se!